É com muita alegria e CERTEZA que informo que o Rato morreu ontem à noite.
Não vi o corpo, mas soube da informação através de um e-mail do meu roommate. Segundo Matthew o rato não teve uma morte indolor.
Depois de ter seu corpo preso na armadilha de cola por duas vezes ao lingo desta semana, e ter perdido muitos pelos ao se livrar da ratoeira, Mr. Mouse resolveu tirar a própria vida.
Comeu um pouco de manteiga de amendoim com veneno, mas antes que morresse envenenado deitou sua cabeça numa ratoeira que não tinha NEM UM POUCO DE COMIDA.
Agora a pergunta que não quer calar...

O que será que passou pela cabeça deste pobre rato minutos antes a atentar contra a própria vida?


Obs: O ratinho aí da foto fica na parede daqui do apartamento. A idéia era mostrar aos ratos como os moradores do apartamento #3 do edifício 4808 são maus. E por consequência espantar todo e qualquer roedor que se atrevesse morar por aqui...
Pelo visto não deu certo, o rato chegou, armou acampamento e fez do meu quarto seu lar por mais de 15 dias... (sem pagar aluguel).
Mas sabe que pensando bem, este monumento pode até ser um dos motivos do suicídio... Quem sabe ele não quis copiar o rato da parede e acabou fazendo o mesmo...

Bem, só pra resumir...
Como estamos em mês de festa junina, dedico este post as mentiras das cantigas de roda...
Assim como a chuva e a cobra são de mentira, a notícia anterior sobre a morte do rato foi apenas uma comemoração preciptada.
Ele fugiu da armadilha...

sem comentários...

O RATO MORREU.
Ou pelo menos um membro da família!

Fui comprar veneno e chegando em casa dei uma espiadinha no meu quarto. De manhã todas as armadilhas estavam intactas. Mas agora, passei de longe e vi um objeto marrom mais ou menos identificado como rato preso na armadiha de cola.
Não cheguei perto porque da última vez que ele esteve preso nesta armadilha e alguém chegou perto ele saiu correndo...
Sim, acreditem. O rato preso na armadilha de cola, estava era fingindo e fez a gente de bobo. Mas então... para previnir novas fugas não me aproximei, quem sabe de tanto fingir ele fica mesmo preso e morre.

Bem...
Só para atualizar os curiosos.
O rato agora tem nome e já virou um membro da casa. Acho mesmo que está constituindo família no meu quarto, que na verdade se tornou propriedade da família Mouse por direito capião.
1 - Eles comem toda comida da ratoeira e não ficam preso.
2 - Eles comem a comida da ratoeira de cola, um papel rodeado de cola para prender pequenos ratos que são leves demais para as ratoeiras convencionais. (Comem e não ficam presos).
3 - Vou comprar veneno. Mas não acredito que isso vá fazer muita diferença. Os ratos americanos são heróis de desenho animado, chef de cozinha no cinema, e até mesmo musos de inspiração para Michael Jackson... São espertos demais para cair em ratoeira.

Para embalar este Post, vamos ouvir Ben. A música cantada por Michael Jackson (sim, esse menininho lindo da foto é mesmo o Michael) que foi tema de muitos casais nos anos 70 foi feita, pasmem, PARA UM RATO.

http://www.youtube.com/watch?v=aSqo17o2a1w
Eu acho que só eu é que não gosto destes roedores...

50 artistas de 25 países todos menos de 33 anos.


A geração mais nova do que Jesus expõem no New Museum aqui em NY até o dia 14 de junho.
Eu fui dar uma conferida na exposição e três exibições me chamaram muito a atenção.
A primeira delas é da artista plástica da Cidade do México, Adriana Lara. O trabalho de Adriana se chama “Installation (Banana Peel)”. Que é como o nome diz, nada mais nada menos do que uma casca de banana.
Adriana instruiu a um funcionário do museu que comesse toda manhã uma banana e jogasse a casca em qualquer espaço onde a exibição ocorresse.
A reação das pessoas é de espanto, curiosidade e revolta. Tem gente que toca na casca de banana, e ameaça jogá-la na lixeira. Até que um dos funcionários do museu aparece e diz: Epa, isso aí não é lixo. É ARTE.

Tem gente que fica revoltado porque esperava um quadro, uma foto, uma escultura ou qualquer outra coisa que não fosse uma casca de banana. E fica mais revoltado ainda ao saber que Adriana intitulou as horas de funcionamento do museu como seu segundo trabalho a ser exibido na exposição.
Arte é o que toca as pessoas de alguma forma. É o que vem pra inovar, para mudar conceitos para causar espanto, admiração e até mesmo o inconformismo da pergunta: Por que eu não pensei nisso antes. O trabalho de Adriana causa tudo isso. E vai além. Ela é a artista mais comentada da exposição. Melhor que isso? Só saber que o trabalho dela não custou mais do que $1 por dia de exposição e um funcionário alimentado com alta fonte de potássio.
Os outros dois artistas cujos trabalhos também gostei muito são da China. Chu Yun’s exibiu o trabalho entitulado “This is XX”. Deitada numa cama de lençóis e travesseiros brancos, no meio de visitantes, sons de video-games e outros barulhos de exposições de vizinhas uma mulher dorme em PROFUNDA PAZ.


Chu Yun pagou vuluntárias entre 18 e 44 anos para tomarem píulas que as fazem dormir durante o horário de funcionamento do museu.
Uma escultura viva que chama atenção para a vida no século vinte. Uma mulher com cara de anjo, dorme o sono desejável por muitos, inclusive por mim. Um sono de paz, de sossego e descanço. Eu permaneci na sala por uns vinte minutos. Crianças corriam em volta da cama, um video-game, objeto da exposição em frente emanava um barulho irritante. Pessoas fotografavam a mulher que ainda assim dormia como a Bela Adormecida.
A paz imperturbável da vida contemporânia é a grande ironia do trabalho de Chu.
A tranquilidade supernatural é fruto de drogas. O que mostra que o estado de relaxamento no século XX é extremamente vulnerável. A exibição é também considerada um protesto a geração hiperativa do século XX!

O terceiro artista Liu Chuang apresentou o projeto Buying Everything on You, que como o próprio nome sugere, são três mesas brancas com roupas, calcinhas, absorvente, identidade, carteira de motorista, bolsa, cartão do dentista. I-pod, maquiagem, tickets de cinema, meias, tênis, tese de mestrado, livro, chupeta e qualquer outra coisa que você estiver vestindo ou carregando.
Liu comprou o que três pessoas usavam ou carregavam pelas ruas de cidades da China. O que me chamou atenção neste projeto foi a coragem e o desapego com que as pessoas venderam seus pertences. Coisas que nem sempre qualquer dinheiro compra.
Agora eu deixo aqui a pergunta para você que lê este post.
Você teria coragem de vender tudo que veste e carrega neste exato momento?





Dê uma conferida no site do museu: http://www.newmuseum.org/ Você pode ver e ler um pouco sobre cada artista e seu trabalho.