O Halloween passou e ninguém mais sabe o que fazer com as abóboras. Abóbora nos Estados Unidos só serve pra fazer Jack O'Lantern ou Pumpkin pie (uma torta que o povo daqui adora, mas que eu não vejo muita graça). Cada vez que eu passava por uma casa com uma abóbora nas escadas, ou na frente do portão, me dava vontade de comer abóbora com carne seca. Foi aí que eu tive um idéia. Por que não cozinhar carne seca na moranga?

Bem, diz a sabedoria que você deve fazer pelo menos, uma coisa que te amedontra, que te assusta, por dia. E depois de sapos, não há para mim, nada mais assustador do que panelas, cozinha e temperos. 



Enfim, acordei cedo, fui ao mercado do Queens, procurar por carne seca brasileira. Não achei, mas comprei uma mexicana que parecia um pouco magra, mas era carne seca e a única carne seca que eu tinha. Faltava uma abóbora. Achar abóbora pra comprar foi mais difícil do que carne seca. "O Halloween passou, pra quê você quer uma abóbora". Ouvi isso de três comerciantes.
Quando dizia que era pra cozinhar, as pessoas me olhavam com espanto.
Tava quase decidida a roubar uma da porta da casa das pessoas, mas fiquei com medo de ser presa e ter minha vida investigada pelo FBI então decidi procurar mais um pouco.
Acabei achando num mercado aqui perto de casa, onde provavelmente deve haver pessoas que usem abóboras para outros fins a não ser lanterninhas de Halloween.
Resolvi fotografar todo o processo, porque no meu último Post sobre comida fui caluniada por algumas amigas que invejam meu talento culinário. Isso porque ambas, tem mães mega talentosas e não conseguem chegar nem às unhas, quem dirá aos pés do talento materno. Ai, ai... inveja é fogo.
Pois é amigas, essas fotos são pra provar que eu sigo os passos de Obama: Yes, we can!
E se eu posso, vocês também podem.
Como eu nunca tinha cozinhado nem carne seca, nem abóbora e muito menos carne seca na abóbora recorri ao site de minha amiga Ana Maria Braga pra pegar uma receitinha. E com a ajuda de mamãe via skype, consegui fazer esta delícia aclamada aqui em casa.
Os meninos repetiram 2 vezes, e detonaram a abóbora inteira na noite de ontem. Teve briga porque eles queriam levar quentinha pro almoço de segunda (juro), e aí... quando isso aconteceu, eu caí na real.
Resolvi parar por aqui mesmo, e me concentrar em outras atividades que não meus predicados culinários, porque ia acabar virando Amélia!
Então, fica aqui o último post sobre comidas, porque não quero que eles se acostumem...
Vou só colocar alguns comentários...


- "Nossa, muito bom pra você saber cozinhar isso, que sofisticado?" (Timóteo)

- "E não é que se come abóbora mesmo?" (ele novamente).
- "Que jantar delicioso, ainda bem que temos você aqui" (Timóteo me deixando preocupada).
- "Delicioso"(Nick).


enfim... seguem as fotos NADA MERAMENTE ILUSTRATIVAS.






1.11.09

O outono...




O outono é uma estação bonita. É frio, mas não tão gelado quanto dezembro. É seco mas não solitário quanto o inverno. É chuvoso, mas pelo menos colorido. E a presença das folhas e poucas flores amenizam a baixa temperatura e o desconforto de olhar para cima e ver apenas galhos secos de tristeza e abandono.






As árvores mudam de cor, num protesto diário e silencioso. A paisagem muda a cada dia, se você passar pela mesma rua, todos os dias da semana, verá que a cada dia algo estará diferente. É bem bonito, mas de uma beleza angustiante. Remete ansiedade, o contar dos relógios para que todas as folhas não sequem, não caiam, porque o frio está chegando.





As folhas verdes se transformam num vermelho sangue. Parece que estão em carne viva, a beira da morte, a beira do abismo. E estão mesmo. Quando caem, secam e é só o vazio.
E é assim, o outono, lindo, colorido. Uma lenta e ligeira preparação para o nada, para o vazio, pra ausência de flores, de folhas. Para a presença do branco que segundo a ciência é mistura de todas as cores, mas que para mim é a simples ausência da alegria.
Talvez eu esteja exagerando, talvez seja verdade, não sei. Mas se existe algo de bonito no sofrimento, acho que o outono é a prova viva disso.

O Halloween é o carnaval americano. Pelo menos aqui em NY.
As pessoas compram fantasias de todo o tipo, nem sempre horripilantes. Se produzem dos pés à cabeça e saem pelas ruas a procura de festas para comemorar.
As crianças também se fantasiam e batem de porta em porta com uma cesta na mão pedindo doces em troca de travessuras.
E os cachorros...
Bem, os cachorros são um caso à parte em Nova York. A população de Manhattan é estimada em 1.61 milhão de pessoas e 238 mil cachorros. Dá pra imaginar?
É como se para cada 6,7 pessoas existisse um cachorro. Então é lógico que os cachorros também comemoram Halloween.
Uma semana antes da grande festa, o Tompkins Square Park, muito famoso por seu Dog Run (uma pista especial reservado pra você soltar os cachorros, literalmente) promoveu o grande Halloween for Dogs.

Esse aí é o cachorro Marguerita...


O clássico pisioneiro...

O cachorro-galinha (esse aí pega geral!)...
Michael Jackson, porque ele ainda está na moda.


O espantalho, porque é Halloween.


Tem também o ghostbusters...








Cachorro Lápis de cera... coitado...



Os donos também se empolgam...
O aviador...

E como não poderia faltar... porque os sapos me perseguem... a princesa e seu cão-sapo... puts...

Outro dia, fiz a janta novamente. Medalhão de picanha com bacon e batatas fritas com queijo.
Não é que ficou bom!
Acreditem, porque nem eu acreditei!















Imagem meramente ilustrativa!! (óbvio, mas juro que ficou gostoso)



Casa nova, vida nova.
Depois de dez dias comendo e bebendo as custas dos outros (digo do meu namorado e seu roommate).Resolvi mostrar meu potencial culinário.
Primeiro comecei bem tímida com aquela minha especialidade que vocês conhecem bem: O brigadeiro.
O Tim, de nome Timothy, mas apelidado por mim de Tomótio adorou meu brigadeiro.


No outro dia, fiz os também famosos cookies e mais uma vez eles acharam ótimo.
Eu devia ter parado por aí. Devia ter assumido a humilde posição de doceira da casa, porém, sabem como é né. Neguinho quando quer aparecer...
Enfim, resolvi fazer o único prato salgado que sei, receita dada por Tia Zênia (ela vai pro céu), o famoso Frango bêbado de cerveja.
Tudo começou porque Nick, meu namorado, me ligou as 6:00 me perguntando o que eu queria jantar. Quando definimos o cardápio, ele me pediu:
- Será que você pode fazer o arroz?
- Claro, meu bem.
O problema é que eu não sei fazer arroz. Um simples arroz de pacotinho... Não sei.
Puts, era o meu fim. Minha verdadeira identidade de Clarck Kent iria ser desvendada. E o pior, eu não sou nem um super-men. Sou uma administradora, futura cineasta sem emprego, nem muita grana que não sabe cozinhar um arroz.
Bem, mas como todo brasileiro, que não desiste nunca, eu arrumei uma solução.
Decidi surpreendê-lo fazendo a minha especialidade!
Corri ao mercado comprei frango, e farinha de aveia (não tinha farinha de mandioca) E preparei um delicioso frango bêbado com  farofa de cenoura (receita da mamãe), tudo isso em duas horas. Incrível.
Mesmo usando aveia, a farofa ficou uma delícia.
O Timótio que quase nunca janta com a gente repetiu duas vezes, o Nick adorou. E o pior vem agora.
Os dois falaram a noite toda dos meus predicados:
- Sinta-se à vontade pra cozinhar quando quiser, disse o Nick.
- Essa comida tem um gostinho de casa, sabe? Você cozinha melhor do que miha mãe. (disse o Tim).

Gente, não preciso nem concluir, quem me conhece sabe... Qeu enrascada que me meti. E... como disse minha mãe: A mãe desse menino... sei não hein, coitada.


Estou de volta a Nova York, depois de alguns meses no Brasil. Mudei de endereço, mas as notícias por aqui, não mudaram muito desde que fui embora.
A gripe suína, ainda me persegue, e os ratos de Sunset Park também! É só ligar a TV ou abrir o jornal para descobrir que o vírus H1N1 evoluiu no status de epidemia para pandemia. Confesso que isso não me apavora. Estava aqui no auge da epidemia nos Estados Unidos quando as pessoas no Brasil ainda não sabiam o que era a gripe, mas ficavam em pânico só de pensar em vir pra cá. Conheci brasileiros apavorados que chegaram com máscaras e medo. Tudo o que eu ouvia sobre a gripe vinha do Brasil, mascarados nos aeroportos, pessoas em pânico e Lula fazendo campanha para mostrar sua eficiência no combate ao vírus! Enquanto aqui, apenas alguns chieneses usavam máscaras cirúrgicas, o que é um hábito chinês muito antes da gripe suína. O fato é que a gripe foi embora de NY para o Chile, exatamente na época em que eu fiz escala por lá na minha volta ao Brasil (sim, este vírus me persegue mesmo!).
Corria tudo bem no aeroporto e na cidade de Santiago. Contrariando minha mãe e meus amigos, eu até me aventurei a dar um rolé pela cidade nas 12 horas que deveria esperar pelo avião. Nada de mais. Não havia pessoas gripadas, nem notícias sobre a gripe no jornal ou noticiários de TV. Depois do rolé, voltei ao aeroporto de Santiago, onde pela primeira vez, vi uma manifestação sobre a o vírus H1N1.
Um grupo de pessoas, usavam máscaras cirúrgicas e pareciam bem alertas a qualquer  sinal de espirro ou tosse. Pela primeira vez, fiquei apreensiva com a tal da Gripe famosa. Mas essa apreensão durou pouco, até eu descobrir que estas pessoas, eram brasileiros. E como eu já suspeitava, as notícias sobre a gripe suína no Brasil eram bem mais impactantes do que qualquer outro lugar.
Tudo aquilo era tão estranho pra mim, primncipalmente porque com exceção deste grupo, NINGUÉM, nem os funcionários do aeroporto, usavam máscaras. Me aproximei, puxei papo, e uma das moças do grupo perguntou por minha máscara. Quando eu lhe respondi que não tinha, ela entrou em pânico e disse:
- Você pode ficar detida no aeroporto.
- Quem disse isso?
- O presidente Lula. Ele recomendou que não viajássemos, mas já tínhamos passagens compradas, não deu pra cancelar... Eu ouvi falar até que ele vai deter os suspeitos da gripe no aeroporto. Por isso, nós estamos de máscara...
- Hum, sei.
O marido se aproximou mostrando as inúmeras barganhas que eles conseguiram no Duty Free, e tradicionalmente me fez a mesma pergunta sobre a máscara e me alertou sobre o possível exílio.
Por uma fração de segundos, cheguei até a pensar que o Lula, depois de tanta proximidade e amizade com Hugo Chávez e Evo Morales estaria usando a gripe suína como motivo para golpe de estado. Lá estava eu a me imaginar fazendo protestos no próprio aeroporto: "Abaixo à ditadura! Abaixo à ditadura!".
O devaneio acabou quando a funcionária da LanChile nos convidou a embarcar.
Dentro do avião, todos usavam máscaras, com exceção dos chilenos, eu e os tripulantes. O mais engraçado foi na hora da refeição. As pessoas levantavam as máscaras, davam uma garfada, colocoavam as máscaras de novo, mastigavam e engoliam nesta angústia.
Chegando ao aeroporto Tom Jobim, um grupo de funcionários do governo, vestidos de macacão branco e máscaras tipo aquelas de criadores de abelhas, nos intelerpelavam fazendo perguntas do tipo:
- Teve febre nos últimos dias.
- Sim. (esqueci de contar, mas eu estava gripada!).
- A senhora está sob quarentena do governo federal.
Nossa que chique! Eu, em observação pelo ministério da saúde durante 40 dias. Me achei até importante, mas segui adiante sabendo que se tivesse gripada o governo não iria fazer muita coisa.
Enfim, passei ilesa pela gripe em NY, no Chile, no Brasil e agora to de volta com a notícia da pandemia. Vamos que vamos.


Outra coisa que também me persegue são os ratos do Sunset Park. Não, ainda não tive contato direto com eles, mas as notícias me foram bastante atormentadoras.
Fui visitar meu antigo apartamento e velhos amigos ainda residentes, e descobri que o Luis, matou na semana passada uma família de 4 ratos, e encontrou um bebê ratinho, dois dias depois da matança, morto sozinho, provavelmente de fome.
Sim, Luis dizimou uma família, e eu quase tive um troço quando soube. Ainda bem que aqui no novo apê, não tem supermercado embaixo, e eu moro no 5 andar.
Os ratos ainda têm muitas outras famílias para atormentar antes da nossa. Assim espero.

É com muita alegria e CERTEZA que informo que o Rato morreu ontem à noite.
Não vi o corpo, mas soube da informação através de um e-mail do meu roommate. Segundo Matthew o rato não teve uma morte indolor.
Depois de ter seu corpo preso na armadilha de cola por duas vezes ao lingo desta semana, e ter perdido muitos pelos ao se livrar da ratoeira, Mr. Mouse resolveu tirar a própria vida.
Comeu um pouco de manteiga de amendoim com veneno, mas antes que morresse envenenado deitou sua cabeça numa ratoeira que não tinha NEM UM POUCO DE COMIDA.
Agora a pergunta que não quer calar...

O que será que passou pela cabeça deste pobre rato minutos antes a atentar contra a própria vida?


Obs: O ratinho aí da foto fica na parede daqui do apartamento. A idéia era mostrar aos ratos como os moradores do apartamento #3 do edifício 4808 são maus. E por consequência espantar todo e qualquer roedor que se atrevesse morar por aqui...
Pelo visto não deu certo, o rato chegou, armou acampamento e fez do meu quarto seu lar por mais de 15 dias... (sem pagar aluguel).
Mas sabe que pensando bem, este monumento pode até ser um dos motivos do suicídio... Quem sabe ele não quis copiar o rato da parede e acabou fazendo o mesmo...

Bem, só pra resumir...
Como estamos em mês de festa junina, dedico este post as mentiras das cantigas de roda...
Assim como a chuva e a cobra são de mentira, a notícia anterior sobre a morte do rato foi apenas uma comemoração preciptada.
Ele fugiu da armadilha...

sem comentários...

O RATO MORREU.
Ou pelo menos um membro da família!

Fui comprar veneno e chegando em casa dei uma espiadinha no meu quarto. De manhã todas as armadilhas estavam intactas. Mas agora, passei de longe e vi um objeto marrom mais ou menos identificado como rato preso na armadiha de cola.
Não cheguei perto porque da última vez que ele esteve preso nesta armadilha e alguém chegou perto ele saiu correndo...
Sim, acreditem. O rato preso na armadilha de cola, estava era fingindo e fez a gente de bobo. Mas então... para previnir novas fugas não me aproximei, quem sabe de tanto fingir ele fica mesmo preso e morre.

Bem...
Só para atualizar os curiosos.
O rato agora tem nome e já virou um membro da casa. Acho mesmo que está constituindo família no meu quarto, que na verdade se tornou propriedade da família Mouse por direito capião.
1 - Eles comem toda comida da ratoeira e não ficam preso.
2 - Eles comem a comida da ratoeira de cola, um papel rodeado de cola para prender pequenos ratos que são leves demais para as ratoeiras convencionais. (Comem e não ficam presos).
3 - Vou comprar veneno. Mas não acredito que isso vá fazer muita diferença. Os ratos americanos são heróis de desenho animado, chef de cozinha no cinema, e até mesmo musos de inspiração para Michael Jackson... São espertos demais para cair em ratoeira.

Para embalar este Post, vamos ouvir Ben. A música cantada por Michael Jackson (sim, esse menininho lindo da foto é mesmo o Michael) que foi tema de muitos casais nos anos 70 foi feita, pasmem, PARA UM RATO.

http://www.youtube.com/watch?v=aSqo17o2a1w
Eu acho que só eu é que não gosto destes roedores...

50 artistas de 25 países todos menos de 33 anos.


A geração mais nova do que Jesus expõem no New Museum aqui em NY até o dia 14 de junho.
Eu fui dar uma conferida na exposição e três exibições me chamaram muito a atenção.
A primeira delas é da artista plástica da Cidade do México, Adriana Lara. O trabalho de Adriana se chama “Installation (Banana Peel)”. Que é como o nome diz, nada mais nada menos do que uma casca de banana.
Adriana instruiu a um funcionário do museu que comesse toda manhã uma banana e jogasse a casca em qualquer espaço onde a exibição ocorresse.
A reação das pessoas é de espanto, curiosidade e revolta. Tem gente que toca na casca de banana, e ameaça jogá-la na lixeira. Até que um dos funcionários do museu aparece e diz: Epa, isso aí não é lixo. É ARTE.

Tem gente que fica revoltado porque esperava um quadro, uma foto, uma escultura ou qualquer outra coisa que não fosse uma casca de banana. E fica mais revoltado ainda ao saber que Adriana intitulou as horas de funcionamento do museu como seu segundo trabalho a ser exibido na exposição.
Arte é o que toca as pessoas de alguma forma. É o que vem pra inovar, para mudar conceitos para causar espanto, admiração e até mesmo o inconformismo da pergunta: Por que eu não pensei nisso antes. O trabalho de Adriana causa tudo isso. E vai além. Ela é a artista mais comentada da exposição. Melhor que isso? Só saber que o trabalho dela não custou mais do que $1 por dia de exposição e um funcionário alimentado com alta fonte de potássio.
Os outros dois artistas cujos trabalhos também gostei muito são da China. Chu Yun’s exibiu o trabalho entitulado “This is XX”. Deitada numa cama de lençóis e travesseiros brancos, no meio de visitantes, sons de video-games e outros barulhos de exposições de vizinhas uma mulher dorme em PROFUNDA PAZ.


Chu Yun pagou vuluntárias entre 18 e 44 anos para tomarem píulas que as fazem dormir durante o horário de funcionamento do museu.
Uma escultura viva que chama atenção para a vida no século vinte. Uma mulher com cara de anjo, dorme o sono desejável por muitos, inclusive por mim. Um sono de paz, de sossego e descanço. Eu permaneci na sala por uns vinte minutos. Crianças corriam em volta da cama, um video-game, objeto da exposição em frente emanava um barulho irritante. Pessoas fotografavam a mulher que ainda assim dormia como a Bela Adormecida.
A paz imperturbável da vida contemporânia é a grande ironia do trabalho de Chu.
A tranquilidade supernatural é fruto de drogas. O que mostra que o estado de relaxamento no século XX é extremamente vulnerável. A exibição é também considerada um protesto a geração hiperativa do século XX!

O terceiro artista Liu Chuang apresentou o projeto Buying Everything on You, que como o próprio nome sugere, são três mesas brancas com roupas, calcinhas, absorvente, identidade, carteira de motorista, bolsa, cartão do dentista. I-pod, maquiagem, tickets de cinema, meias, tênis, tese de mestrado, livro, chupeta e qualquer outra coisa que você estiver vestindo ou carregando.
Liu comprou o que três pessoas usavam ou carregavam pelas ruas de cidades da China. O que me chamou atenção neste projeto foi a coragem e o desapego com que as pessoas venderam seus pertences. Coisas que nem sempre qualquer dinheiro compra.
Agora eu deixo aqui a pergunta para você que lê este post.
Você teria coragem de vender tudo que veste e carrega neste exato momento?





Dê uma conferida no site do museu: http://www.newmuseum.org/ Você pode ver e ler um pouco sobre cada artista e seu trabalho.

Se me fizerem esta pergunta, eu respondo: Sou uma mulher com medo de rato!

Descobri que não são apenas os sapos, pererecas e rãs que tiram meu sono. Ratos também.
Quarta-feira passada achei um rato caminhando todo serelepe pelo meu quarto. Até então eu não tinha medo de ratos. Já estava até acostumada a vê-los diariamente nos trilhos do metrô de NY.

Os ratos nova iorquinos são tão conhecidos que fazem parte do cartão posta da cidade, e já tem até um livro que fala sobre estes habitantes indesejados.

Se você não acredita, clique no link do site Amazon e dê uma espiada no livro.

Mas enfim, uma coisa é ver os ratos no trilho do metrô, ou nas livrarias. Outra coisa é ver um rato andando no meu quarto. Lógico que o ratinho do meu quarto não tinha o mesmo tamanho do que as ratazanas do metrô mas o meu medo era inversamente proporcional ao tamanho do rato.

Entrei em pânico e espalhie quatro ratoeiras dentro do quarto. O danado do rato comeu a manteiga de amendoim que coloquei nas 4 ratoeiras, mas não ficou preso. Hoje comprei mais três, elas são diferentes, tem uma espécie de cola onde ratos pequenos ficam grudados e sofrem colados até a morte (falando assim dá até pena, mas....).
O rato que eu vi na quarta-feira era pequeno demais, talvez seja muito ágil pra ratoeira. Digo era, porque hoje eu o vi novamente... Ele cresceu um pouco e me levou a concluir que: ou eu estou alimentando o rato, ou o rato que eu vi hoje não era o mesmo de quarta o que me leva crer que alguém está constituindo família no apartamento e escolheu debaixo da minha cama como o lar doce lar.
A imagem do rato andando no meu quarto na quarta-feira, e dele passeando sobre a mesinha hoje não saem da minha cabeça.
Eu vejo o rato em tudo que olho. Vejo rato em tudo que eu vejo!! O rato e o rabo dele.
É como uma obsessão, como estar apaixonada.

Sabe quando você ama desesperadamente alguém e vê esta pessoa por todos os lugares, em todos os rostos?
Pois é, eu vejo o rato em todos os lugares. Na rua, na sala, no vagão de trem. Como se estivesse apaixonada. O medo é também uma forma de paixão. Mas eu quero muito que esta paixão termine logo sem deixar sequelas como deixam as paixões exageradas.
Obs: A foto do post foi tirada em NY, num metrô. Mas LÓGICO não fui eu quem tirei...
Como diria Guimarães Rosa... "Cada hora, de cada dia a gente aprende uma nova forma de medo..."

Gente, estou numa semana muito orgulhosa dos meus predicados domésticos. Cansada de comer macarrão ao molho bolonhesa, ou com frango, ou com molho de tomates resolvi variar e confiar no meu potencial!


Tudo é questão de auto-confiança já dizem os livros de auto-ajuda. Pois então, confieie no meu lado Amélia e fui pra cozinha. De manhã fiz um bolo de caneca, receita para preguiçosos (perfeita pra mim) que achei na internet!

O BOLO FICA GOSTOSO MESMO! E lindo, olha aí na foto...
De tarde. fiz um strogonoff de frango e cogumelos frescos... ai ai.... Esse não deu pra postar, desculpa aí...
Segue a receita do bolo facílimo de fazer....
Ingredientes
· 1 ovo pequeno· 3 colheres (sopa) de óleo· 4 colheres (sopa) rasas de açúcar· 4 colheres (sopa) de suco de laranja· 5 colheres (sopa) rasas de farinha de trigo· 1 colher (café) de fermento em póCobertura· 2 colheres (sopa) açúcar de confeiteiro· 3 colheres (chá) de suco de laranja
Modo de preparo
Coloque o ovo na caneca e bata com o garfo. Adicione o óleo, o açúcar e o suco de laranja e misture. Agregue a farinha, o fermento e misture até uniformizar. Leve por três minutos ao microondas em potência máxima.CoberturaJunte tudo e cubra o bolo.Dica: Vale trocar o suco de laranja pelo de limão. Mas, para essa substituição, em vez de 4 colheres (sopa) do sumo da laranja, use 2 colheres (sopa) do limão, pois o sabor é mais acentuado.
E dá também pra fazer de chocolate, leite de côco etc...
Beijos


Fiu-Fiu....


As pessoas no Brasil estão enlouquecendo com a gripe do porco. Todos os dias recebe e-mails de amigos que me pedem para tomar cuidado, usar máscaras, não pegar o metrô e até voltar para o Brasil. Nos jornais não se fala outra coisa. Eu descobri que já existe um site sobre a gripe do porco.

Site da Gripe do Porco

E como tudo na américa latina acaba em música já existe até Cumbia e Funk...

No México já fizeram uma Cumbia...
E no Rio é claro, já tem até Funk...

NY tem o maior índice de gripe suína nos Estados Unidos, mas ao que parece as pessoas não estão dando a mínima pro coitado do porco...

Esta semana encontrei uns amigos que vieram do Rio para NY. Ambos apavorados e temerosos sobre a gripe.


No aeroporto do Brasil pessoas usam máscaras, eles me contaram. "Até a Suzana Vieira está usando máscara." Aqui, nem Suzana nem Angelina Jolie, só uma família de chineses que eu encontrei no Festival do Cherry Blossom...










Eu acho mesmo é que a imprensa faz muito alarde por pouca coisa... Sei não...
Bem, e para provar que os nova iorquinos (lembre-se estou na cidade com maior número de casos da gripe fora do México) não estão nem aí, esta semana encontrei uma mulher passeando com dois porcos na rua...
Lá ia eu na maior calma andando pelo Brooklyn quando vi do outro lado da rua, um cachorro terrivelmente feio e gordo numa coleira rosa. Atravessei a rua, e pra minha surpresa, o cachorro que na verdade era um porco estava acompanhado por outro tão feio quanto. Ambos amarrados em coleiras rosas. No meio a tantas decoberta, percebi que os porcos eram porcas e se chamavam "Baby" e "Cherrie".
A rua encheu de uma hora pra outra. Pessoas completamente enlouquecidas se esqueceram de que como diz José Serra "só se pega a gripe quando chegamos perto dos porquinhos..."
Executivos engravatados, mulher com criança de colo, todo mundo da rua sacou seus celulares com câmeras, blackberries, blueberries e sei lá mais o que, para registrar o passeio do animal mais temido nos últimos meses....





















Momento celebridade...

















Baby cheirando a câmera... Será que o José Serra tá mesmo certo?


Não viu a entrevista do Serra sobre a gripe? Clique aqui...

Faz 20 anos que o muro de Berlim foi derrubado e o New Museum de NY fez uma comemoração para celebrar o fim dos muros visíveis. Muitos outros muros, paredes e cercas são construidos dia-a-dia em vários cantos do mundo. O muro da hipocrisia, do ódio, da indiferença, do preconceito e da intolerância.

E não existe exemplo melhor do que o do nosso próprio país, justo nós brasileiros, que enchemos o peito para dizer que no Brasil as pessoas de qualquer parte do mundo convivem de forma harmônica. Será?

No Rio de Janeiro, por exemplo, estão construindo um muro para separar as favelas do resto da cidade. E isso acontece no mesmo ano em que o mundo celebra a queda do muro mais famoso do mundo... Vai enteder...

Não acho MESMO que há muito o que comemorar. Um muro está sendo erguido no Rio, o de Berlim, ainda está lá, invisível mais está.

Pois, bem. Mas o New Museum não concorda comigo, e há algumas semanas atrás fez uma espécie de pré-celebração para agrande festa que acontece em Novembro na Alemanha.


Um grande muro de tecido ficou a disposição das pessoas que passavam pela rua. Mensagens de paz, de amor e saudações foram escritas e mandadas para Berlim.



A Margarita, minha amiga e roommate escreveu esta mensagem aí embaixo.


E eu escrevo a pergunta, será que existe mesmo "free admission" para usufruir das boas coisas da vida?

Eu tirei mais de 3000 fotos do Festival Cherry Blossom, que aconteceu no fim de semana passado.

Foi difícil escolher quais fotos postar aqui. Mais difícil ainda é escrever sobre a beleza do lugar mais lindo que já fui na vida. Escrever sobre beleza é mais difícil do que escrever sobre o amor.
O amor não tem explicação, mas também não há quem não o reconheça, quem não o valorize.

A beleza não. A beleza é diferente. Tem gente que critica, que acha que não é importante, que defende a inteligência, a tecnologia, a bondade e outros temas ao contrário do que é belo. Como se para ser inteligente é preciso ser feio, ou vice-versa. A beleza é o que salva a vida. É o que dá sentido ao que não tem sentido. E por isso, é tão difícil escrever sobre.


O Cherry Blossom tem um significado muito especial para mim desde que cheguei em NY pela primeira vez no ano passado.
As primeiras fotos que vi sobre a cidade, foram do festival do ano passado. Eu cheguei em julho, dois meses depois, e me prometi que algum dia eu voltaria aqui para ver as flores que vi nas fotos. Mesmo sem saber, eu que também já fui crítica da beleza, queria ser salva pelas flores rosas do Cherry.

Eu não sabia que começava a mudar meus conceitos sobre a importância do que é belo, nem tão pouco imaginava, que o dia da salvação estaria próximo. Logo ali, no ano seguinte.



Para mim, o Cherry Blossom foi mais do que um motivo para voltar. Foi a razão pela qual eu resisti de um inverno tão sofrível.

Todas as vezes que pensei em voltar para casa (foram muitas) por causa do vento frio, da falta de calor humano, da tristeza e solidão que é NY no inverno, eu sempre pensava "se eu voltar, não vou ver o cherry blossom".

Então eu decidia aguentar por mais um dia, por mais uma semana...


As flores da cerejeira só abrem uma vez por ano. E duram tão pouco, menos de uma semana. Primeiro dos galhos secos brotam pequenos botões de um rosa bem escuro anunciando que o inverno já se despede e a primavera vem nos recompensar do sofrimento. Depois, os botões rosa escuro se abrem e as flores nascem. De um dia para o outro elas brotam com uma rapidez inexplicável. E o parque se enche de pessoas que vêm apreciar. As flores são muito delicadas, formadas por várias pequenas pétalas de um rosa bem clarinho...
O vento sacode os galhos, as pétalas caem como chuva. E formam um tapete rosa sobre a grama ou o chão de cimento.
Uma semana depois, tudo que o vento não foi capaz de derrubar, seca e cai. As árvores são agora apenas folhas. Como qualquer outra árvore do parque. Todas as pessoas que visitam o Botanical Garden depois do festival trazem consigo uma nostalgia, uma melancolia, saudades do tempo da primavera. Uma saudade da beleza que esperamos por quase um ano, e que só durou uma semana. Mas que valeria apena mesmo que se fosse por dia. Há pessoas que não se conformam, que acham que o bele deve durar eternamente. Assim como o amor. Eu acho que não. Tudo que é eterno não é importante. Não tem valor. Tudo que é belo precisa morrer, para conservar a beleza.



Até o ano que vem!



Veja o desenvolvimento da Cherry



Março, Abril e Maio...

Aprecie a chuva de pétalas

Chovendo de verdade




Um passeio do Cherry Walk


Há umas duas sextas-feiras eu fui a um evento no Centro de Cultura Turca daqui de NY, assistir uma palestra sobre Rumi, o Poeta turco.


Eu não conhecia o Rumi, nem muito menos o sufismo e agora que o conheço não consigo entender como passei tanto tempo de minha vida sem ouvir falar neste poeta, profeta, filósofo ou qualquer outra palavra incompleta e incapaz de descrever seu trabalho.

A gente é tão possuído pelas "verdades" ocidentais que assimilamos tudo que vem do oriente como exótico ou interessante. Rumi é bem mais do que isso. Mas apesar de toda minha ignorância acabei por descobrir que Rumi é o poeta mais popular dos Estados Unidos.

Rumi foi um poeta, muçulmano, persa do século XIII. Ele nasceu onde hojé é o Afeganistão, e o que na época era parte da Pérsia.

Todo seu trabalho fora escrito na linguagem poética o que era muito comum na época. Após sua morte, seus seguidores fundaram a Ordem Sufi, também conhecida como ordem dos Dervishes girantes, famosos por sua dança Sufi conhecida como cerimônia sema.
O sufismo é a corrente mística e contemplativa do Islão. Os praticantes do sufismo, conhecidos como sufis ou sufistas, procuram uma relação direta com Deus através de cânticos, música e danças. Neste evento em NY, eu pude conhecer um pouco mais sobre a cerimônia e descobri que no Youtube.com é possível assistir alguns vídeos e conhecer a dança.

Existem várias correntes e práticas do Sufi. A ordem dos Dervishes girantes fundada pelos seguidores de Rumi é apenas uma delas.
Os Devishes girantes também são conhecidos como Mevlevis dedicam sua vida a Deus. A ordem funciona como um monastério, conhecido como mevlevihane, a casa do Mevlevis. Para se tornar um Mevlevis basta apenas ser homem. Não há nenhuma outra restrição. O primeiro passo é se purificar de tudo que vem do mundo exterior. Assim que chega ao monastério, o candidato a Mevlevis passa por uma série de provações como jejum voluntário, isolamento, trabalhos comunitários dentro do monastério como limpeza dos banheiros etc. Ele pode desistir a qualquer momento e se ao final de todo processo ainda persistir no monastério, ele estará apto para servir a Deus. O jejum, isolamento e o trabalho no monastério servem como ferramenta para o afastamento da vida mundana.

As cerimônias são secretas (pelo menos eram até se tornarem uma fonte de renda turística). Eles começam vestidos com uma túnica branca e outra preta por cima. O chapéu na cabeça simboliza a tumba. A roupa preta, a terra. Então, para encontrar Deus, o Mevlevis se desfaz da terra e começa a girar, a medida que ele gira ele se abre para a vida, para o encontro de Deus.


O pensamento sufi nasceu no Oriente Médio, no século VIII, mas se encontra hoje por todo o mundo. Na Indonésia, atualmente a nação com maior número de muçulmanos, o islão foi introduzido através das ordens sufis que podem estar também associadas ao islão xiita, sunita ou várias outras correntes.
Quando o Talibã ficou famoso, primeiro por destruir as estátuas gigantes do Buda, e depois pelo inesquecível atentado do 11 de Setembro, o mundo e a cultura islamica ficou erroneamente associado a essa corrente extremista. O que é uma pena. E o que acaba nos impedindo de conhecer melhor a cultura muçulmana.
Uma coisa curiosíssima que também descobri durante as pesquisas para escrever este post, foi sobre o Faquir.
Toda vez que ouço ou leio esta palavra me lembro de minha mãe. Não sei se vocês são como eu que guarda pequenos fragmentos da infância em imagens e cheiros, e algumas palavras. "Faquir" é uma delas. Eu me vejo com uns 7 ou 8 anos e minha mãe contando algo engraçado e curioso sobre o Faquir.
Para quem nunca teve uma mãe que contava casos sobre Faquir, lá vai uma pequena explicação. Faquir é um asceta, ou seja uma pessoa que renuncia a todos os prazeres da vida ou até mesmo a não satisfação de algumas necessidades primárias, com o fim de atingir determinados fins espirituais. Eles são capazes das mais terríveis provações e resistências para ficar o mais próximo possível a Deus. Provações estas como andar sobre fogo, viver de esmolas ou deitar-se sobre pregos.
O que eu descobri, é que os faquires eram devixes sufis, eremitas, que sobreviviam da mendicância. "O uso do termo Faquir foi desenvolvido na índia, quando a palavra árabe Faqīr, "pobreza", foi trazida aos idiomas locais pelo persa falado pelas elites islâmicas, adquiriu o sentido místico da necessidade espiritual de Deus - o único a ser auto-suficiente." Wikipedia.

Sexta-feira passei pelo Bryant Park e vi um grupo de pessoas do Sri Lanka fazendo um protesto pacífico sobre a guerra civil que dura 25 anos.

Fotos de crianças queimadas por armas químicas, mulheres chorando, reporteres fotografando e filmando o que acontecia em volta da praça. No meio do Bryant Park, um imenso campo gramado tomava sol alheio ao que acontecia. Alheias também eram as pessoas que sentavam-se nas cadeiras de frente para a grama para conversar ou admirar as tulipas.
Eu perguntei a um dos protestantes o motivo do protesto. Ele pertence ao grupo Tamil. Os Tamiles chegaram ao Sri Lanka no século III, os Cingalêses já estavam na ilha desde IV antes de Cristo e com a chegada dos Tamiles uma guerra foi instaurada naquelas terras, que ainda nem era país. O tempo passou, os conflitos se amenizaram, os portugueses chegaram, e depois os holandeses, passando pelos franceses e ingleses. No fim de tantas invasões, o Sri Lanka se declarou independente em 1948, porém os conflitos entre Cingaleses e Tamiles nunca acabaram.

Em 1983 uma guerra civil instaurou no país de maioria cingalesa. A guerra dura até hoje.

Os Tamiles protestavam contra o genocídio que se instaurou no sul da ilha. Os Cingaleses alegam legitimidade e a guerra mata crianças, mulheres, civis.
Os Tamiles protestaram em frente a ONU e no Bryant Park pedindo a ONU e ao Obama que intervenham pelo fim dos conflitos. Eles dizem que só nos primeiros cem dias de governo do novo presidente americano mais de 330 mil pessoas morreram na guerra. Eles cobram atenção do Presidente da (ainda) maior potência econômica e bélica do mundo. E reclamam que a ONU e os Estados Unidos não se manifestam porque o Sri Lanka não é um país rico, não vale a pena intervir.
Há duas avenidas dali um homem vende camisinhas com fotos do Obama na embalagem.




- "Para os momentos duros" alega ele.
Quem sabe, penso eu não seja hora da ONU e do Obama vestirem a camisa e enfrentar a dureza da guerra no Sri Lanka de forma diplomática?

Bem no sul de Manhattan, em Chinatown, Nicolas Cage gravava mais um filme Hollywoodiano...



Provavelmente, nem ele, nem todas as mulheres enlouquecidas que gritavam por ele nas proximidades so set sabiam que há milhas dali crianças morrem todos os dias, que há metros dalo pessoas protestam pelo fim disso, e muito próxima desses que protestam estão os que sonham em ver o novo filme de Cage, The Sorcerer’s Apprentice, no cinema...


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