Hoje, fez um calorzinho de 12C.
Acho que foi um dos dias mais quentes desde que cheguei!

E pela primeira vez, desde o verão passado, o cantor de ópera voltou a soltar a voz. Lembra dele?
Para ouvir novamente os sons do verão, gravados da minha janela clique:
Sons do Verão

Eu tentava gravar o cantor de ópera quando de repente... quem aparece? O vendedor de picolé!
(para reler este post acesse o antigo blog: http://www.eua-br.blogger.com.br/, e procure pelo post "vizinhança" nos arquivos de julho!


o verão ainda tá longe... mas tem gente que já começou a garantir o bronzeado...


Hoje eu assisti a dois filmes. Um na aula e outro numa sessão de cinema na New School.
Ambos falavam sobre assuntos muito distintos, mas que de certa forma se encontram num ponto. O descaso do ser humano com a vida alheia e com a própria vida.
O primeiro se chama Let's get lost. Em português tem o título: Últimos dias, ele retrata a vida do jazzman Chet Baker.
O documentário mostra as duas faces do músico, que aos 20 e poucos anos foi consagrado como um dos melhores trompetistas do mundo, mas que ao final de sua carreira aparece com a pele toda carcomida e sem os dentes.
Chet, ao que parece, se jogou da janela de um hotel em Amsterdã, em uma sexta-feira 13 de 1988. A polícia encontrou seu corpo e um tropete jogado na rua.
Chet que tocou Retrato em Branco e Preto de Jobim, foi amado e odiado por mesmas mulheres. Era conhecido pelo seu encatador poder de sedução, e por sua genialidade ao trocar o instrumento. Não ensaiva, porque não precisava e tocava divinamente.
O que me surpreendeu neste filme é justamente a capacidade humana da auto-destruição. Como Chet um homem capaz de criar músicas tão lindas, era também capaz de ter filhos e nunca visitá-los? De amar e abandonar esposa e família, como se joga fora uma roupa rasgada? De se drogar exageradamente e não se importar com as consequências?
Esse tema me fascina e me amedronta. Eu acredito que cada um de nós, até as pessoas mais de bem com a vida que eu conheço, tem um certo resquício de auto-destruição. Fumar, beber demais, comer depressa, não dormir direito, tudo isso, que todo mundo faz ou já fez algum dia, não deixa de ser também auto-destrutivo. É fascinante essa capacidade do ser humano de não se amar, e achar isso normal. De dar prioridade à coisas que ele julga mais importante do que ele mesmo.

O outro filme é também um documentário, indicado ao Oscar este ano. No filme nós acompanhamos a vida de Kimberly Roberts e seu marido, moradores de New Orleans, que sobrevieram ao furação Katrina. Ela filma horas antes, e meses depois como o Katrina mudou a sua vida, o que aconteceu com seus vizinhos, amigos, parentes e cachorro.
É um filme chocante, porque expõem claramente o descaso do presidente, do governo local, das pessoas em geral com a população da Lousiana. Crianças, idosos, famílias morreram por falta de resgate, por falta de cuidado, porque não tinha transporte para deixar suas casas horas antes da chegada do furacão. E que só puderam contar e questionar a Deus por tudo que aconteceu.
Certo momento, Kimberly encontra outra sobrevivente que reclama sobre a atitude do governo Bush em relação a tragédia:

- Isso não poderia acontecer aqui na América (Estados Unidos)!
- Eu acreditava que viva no melhor país do mundo. Com o melhor governo do mundo, mas se você não tem dinheiro, o governo não existe para você.

Essas e outras evidências comprovam o que muitos americanos ainda não acreditam. A "América" (Estados Unidos) não é tão poderosa e perfeita, quanto nos é mostrada.
A conclusão que chego com isso tudo, principalmente vivendo aqui, é que eles são bons mesmo (melhores do que qualquer outro país) em vender. Vender a própria imagem! E que alguns sérios problemas sociais que nós (terceiro mundo) vivemos, eles também vivem aqui. Numa lógica e proporção diferente.

Mas talvez esse tamanho descaso com a dor e o problema do próximo, seja somente mais um reflexo da falta de amor próprio do ser humano. Talvez seja bem uma questão de seguir a risca um dos dez mandamentos cristãos: Amar ao próximo como a ti mesmo.

Para ver Chet tocando, clique aqui.

Pouco antes do suicídio: Veja como Chet está acabado.

Para conhecer um pouco sobre o filme Trouble of Water, clique aqui.


Hoje assisti a um filme chamado Os Catadores e Eu, de uma cineasta francesa chamada Agnes Varda. O filme foi tema da aula que frequento na NYU.
Agnes dirige pela França, Paris e arredores em busca de catadores. De frutas, batatas, lixo. Ela encontra muita gente interessante no meio do caminho. Desde desempregados famintos em busca de comida, artistas que reviram o lixo na busca de material para obras de artes,e um professor de biologia que escolheu a vida de catador como opção de protesto sobre esse mundo de consumo, de vontades, de busca por uma satisfação insaciável.
Essa onda de viver do lixo, de protestar contra o consumismo exagerado cresce cada vez mais, em países como Estados Unidos, em cidades como NY. A idéia de viver uma vida simples, com o mínimo necessário gera discussões filosóficas, produz filmes. E me faz pensar um pouco.
Os catadores e Eu é um filme que te faz pensar.
De onde vem essa vontade que não tem fim, que não tem começo. Essa vontade de satisfazer, de me saciar de algo que eu desejo, mas não sei bem o que é. É uma mistura de ansiedade, de vontade, de querer ter e ver e provar que eu não sei de onde vem, e quanto mais eu tenho o que eu desejava, mais outras coisas eu quero ter.
Eu quero tempo para ler um livro, mas quando estou na décima página do livro eu desejo ter tempo para ver um filme e quando vou ao cinema eu quero ter tempo para ouvir uma música. Então eu levo meu I-Pod comigo por todo cato. Porque posso ouvir música enquando ando no metrô. Posso ler um livro, e ouvir a música ao mesmo tempo, enquando ando no metrô.
Às vezes, eu desejo cometer um crime daqueles irremediáveis, queme tome a liberdade, que me faça ter todo o tempo do mundo para ler e não ter opção de escolhas. Acho que a vida com poucas opções, com poucos desejos é o que na verdade satisfaz toda essa nossa ânsia por contentamento.
O filme não fala sobre vontades, sobre anseios, mas denuncia essa vida de consumo exagerado que a gente tem. As pessoas que catam para comer, seja no lixo, nas plantações, no final da feira, são pessoas que trabalham dia a dia na busca de saciar sua vontade. Vontade de comer.
Eu acho que a gente nunca consegue atingir a completa satisfação na vida porque nós não trabalhamos para saciar as vontades. Nós trabalhamos para fazer dinheiro, e com o dinheiro saciar nossas vontades. A satisfação vem em segundo plano, e acho que por isso que a gente nunca sabe ao certo para que estamos trabalhando, qual vontade queremos saciar.

Para saber mais sobre os catadores leia esta reportagem da Trip:
Xepa Engajada

E dê uma olhadinha no trabalho dos Freegans aqui em NY:
Freegan

Qualquer dia vou conferir o trabalho deles de perto e conto um pouco mais...

Tem coisas que só acontecem comigo... Tem outras que acontecem comigo, mas com mais um bocado de gente (que bom!)

Tentei comprar uma câmera com o meu cartão de crédito num website. O problema é que eu tenho sempre um pé atrás com sites baratos demais. Então, cheguei a finalizar a compra, mas fiquei com um certo receio. Foi então que eu recebi um e-mail do tal site pedindo que eu ligasse para eles para confirmar a compra.
Quando eu liguei, o vendedor começou a me empurrar outros produtos como se fossem gratuitos, e de repente me disse: O total da compra fica em $789 dolares. Eu disse então que não queria, e ele começou a me enrolar. Daí desliguei o telefone.
Seguindo conselho de uma amiga internética, coloquei o nome da empresa no google, e lá estava um monte de reclamações sobre o site. "Eles vendem um objeto mas entregam outro". "O site mostra um valor, mas quando a conta do cartão vem, você descobre que é outro".
Então, eu liguei novamente para a empresa tentando cancelar a compra. Uma vendedora disse que o cancelamento seria feito em uma hora, e que se eu não recebesse nenhuma confirmação deveria ligar novamente para eles.
Hoje, pela manhã, como não havia recebido nenhuma confirmação, resolvi ligar para cancelar novamente. Eis que o funcionário, muito grosseiramente, me disse:
"Nós já sabemos que este cartão foi roubado. Nós e o FBI. Você está sendo procurada pelo FBI".
Gente, nunca me senti tão importante! Chique né, ser caçada pelo FBI. Não é mesmo pra qualquer pessoa!

Liguei pro banco no Brasil e verifiquei que até agora o FBI não entrou em contato com ninguém e que meu cartão está funcionando normalmente. Conversei com algumas pessoas daqui de NY, e descobri que infelizmente, isso é muito comum de acontecer por aqui... A desculpa do "FBI te procura" é super usada por pessoas de má fé, ou por pessoas que acreditam que você está agindo de má fé... Ou seja, eu sou apenas mais uma.

Sabe, depois que eu descobri que tudo isso não passava de um trote, fiquei um pouco decepcionada. Engraçado, né. Mas eu tava achando um máximo esta história de ser caçada pelo FBI... Já tava até sonhando com o Kevin Costner batendo aqui na porta... assim como fez com o Alcapone nos Intocáveis...
Que pena que não é verdade!

9.2.09

Dia Virtual

Resolvi me matricular em alguns cursos sugeridos por professores daqui de NY.

Ontem a tarde procurei nos sites dos cursos os horários e conteúdos de cada um. Anotei os endereços na agenda e fui dormir pensando que ia passar o dia conhecendo gente nova (os atendentes e recepcionistas dos cursos).

Então, hoje acordei cedo, e pé na estrada. Fui ao primeiro endereço. Porta fechada. Toquei o interfone. Ninguém atendeu. Toquei de novo. O porteiro do prédio se aproximou e disse: "Olhe na internet, lá tem os horários, preço etc".

Isso eu já sabia. Pensei.

Não desanimei, porque afinal ainda havia dois endereços.
O segundo curso, dava num mausoléu idêntico a esses filmes policiais de NY, em que uma estudante entra por acaso num prédio abandonado e testemunha um crime. Pois é. Mesmo com essa sensação, entrei no mausoléu. Nenhum porteiro. Porta da escada de serviço trancada. Um cartaz com os horários, preços e o site do curso estavam colados no poste da frente do edifício. Chamei o elevador. O prédio era tão silencioso que eu pude ouvir com clareza o barulho do elevador. Subi. Terceiro andar. O elevador parece emperrado. Empurro a porta e penso: Eu to sozinha nesse prédio. (Ou será que o assassino do filme policial também está aqui...). Penso que talvez só o Bruce Willys possa me salvar.

O elevador começa a subir. Terceiro andar. Corredor vazio. Nem vento. Bato na porta. Toco campanhia. Nem sinal. Decido ir embora. Melhor não dar mais chance pro azar.

Depois de tantas emoções eu resolvi almoçar. Essa foi a hora mais bacana do dia. Não pelo almoço (paguei caro por uma pizza nem tão boa). Mas pelas boas ações em cadeia que algumas pessoas me proporcionaram. Primeiro, meu cartão do metrô emperrou. Passei duas vezes. E na terceira a roleta alegou que ele tinha sido usado recentemente. (o sistema de metrô permite que você compre um cartão por mês, e pode usá-lo quantas vezes quiser, dentro de um intervalo de 20 minutos). Um rapaz que esatva atrás de mim, e que tinha me cedido o lugar na fila da entrada do metrô, passou o seu cartão no meu lugar, e me disse. "Vai".

Eu olhei para ele e perguntei. "E você".
E ele disse. "Não se preocupe".
Nossa que rapaz cortês, tomara que ele vá na minha direção! Pensei.

Ele não foi. e eu segui em frente.

Depois, na mesma estação, lá vou eu andando para pegar um trem quando escuto um homem me gritando... Era um senhor que havia achado meu cachecol. Deixei cair em algum lugar da estação.

Para completar. Depois de almoçar e pagar caro por uma pizza horrível, esqueci uma caixa de sapatos na pizzaria. Quando estava perto do metrô, resmungando e falando mal do restaurante (apontado como a primeira pizzaria de NY). Eis que me aparece o garçon correndo mais do que cavalo de corrida e gritando... Lady, Lady...

Nas mãos a caixa de sapatos.

Comecei a gostar do restaurante. A pizza não é boa, mas o lugar tem gente legal!

Então até o presente momento as relações pessoais estavam ganhando de 3x2 das relações virtuais. Até o presente momento, porque ainda faltava o terceiro curso.

O terceiro e último endereço. Lá esta eu, procurando o número 87 na rua Laffayete. Demorei mas achei, o escritório é em cima do prédio dos bombeiros.

Toquei o interfone. Um homem atende.

Pegunto sobre o curso. Ele diz que o site contém todas as informações. Digo que tenho uma dúvida. Ela me pede para falar sobre o interfone.

Fiquei intimidada e me calei. O homem desligou o fone.

Fui embora frustada.

No final das contas, a competição deu empate.
Voltei para casa, liguei para um dos cursos e mandei e-mail pros outros.
Todos foram tão simpáticos como os rapazes do metrô e o garçon do restaurante! Estranho como estamos cada vez mais caminhando para uma vida virtual, sem toques. Aqui em NY o contato entre as pessoas tende a ser menor, primeiro porque se trata de uma metrópole, e segundo porque as pessoas já são naturalmente desconfiadas de ações terroristas e personagens suspeitos. Há sempre um cheiro de desconfiança no ar, e uma mecanização nas relações humanas. Obrigado, com licença, e só. O bom é que ainda se pode ter fé nas reações espontâneas...

Mineiro gosta de uma praia. E eu como boa mineira, não neguei minhas raízes e fui à praia num dia de neve! Coney Island, o redudo novaiorquino do verão, famoso pelo parque de diversões. A montanha russa, bem como a roda gigante estavam desligados. Claro. Ninguém, com exceção dos mineiros, vai à praia no inverno. E mineiro não vai à praia pra andar de montanha russa ou roda gigante...
A praia estava tão deserta que dava até pra fazer top-less, pena que o tempo não colaborava um pouco. Mas o bacana mesmo, é a camada de neve por cima da areia. Fica tudo tão limpinho. Nenhum vestígio de restos de picolé, saquinho de geladinho, ou brinquedos de criança esquecidos pelos pais. Tudo tão branquinho, que deu até vontade de fazer anjinho (idéia da Simone que foi comigo). E lá fomos nós duas crianças grandes fazendo anjinho na neve em homenagem à minha mãe que queria muito estar aqui para fazer justamente isso!!







Quem falou que isso é legal... Quem?

Mãe, isso tudo foi pra te homegear...

Já postei sobre o Flea Market anteriormente...
É um dos lugares que eu gosto muito daqui de NY. Um museu numa garagem, com relíqueas que tiveram os mais variados tipos de donos: Figurinhas antigas, revistas em quadrinho, vestidos de costureiros famosos, lenços, capacetes de guerra, máquinas fotográficas antigas, talheres iranianos, louças chinesas e fotografias.
São peças de museu que um dia pertenceram ao cotidiano de alguém, em algum canto do mundo. Para mim, é muito mais interessante que o MoMa, o Metropolitan, ou o Whitney Museum porque é a história de um povo contada por pequenos objetos da vida cotidiana.
Eu tenho um carinho especial pelas roupas e lenços, mas também gosto das fotografias.

Segundo o NY Times, só nos Estados Unidos, são tiradas 300 fotografias por segundo. 300 (sem contar as fotos 3x4)! Fotos de aniversário, fotos turísticas, fotos profissionais, fotos. Frações de segundos que registram um tempo que não volta, que nunca mais se repete.
Eu tenho uma relação conturbada com fotografias. Gosto de tirar, gosto de posar, mas às vezes tenho medo de rever. A foto é a paralisação do tempo, o congelamento de um momento que provoca sensações adversas com o passar do tempo: Alegria, saudades, arrependimento. As sensações que mudam e o medo dessa mudança que me provoca certa aversão a fotos.

Fotografias de mercado de pulgas me instigam. Mais do que fotos profissionais, bem mais. Eu gosto de foto de gente comum, de festa de criança, de album de casamento, de comemorações como o fim da guerra de 45, de um verão na praia pela primeira vez. Tudo isso, pode ser encontrado no Flea Market, e o que me intriga, o que provoca a minha emoção é saber o que aquela foto está fazendo alí...
Onde está aquela criança? E o casamento, acabou? O que aconteceu com o soldado? Porque as lembranças do verão agora são vendidas para desconhecidos?
O que também me provoca sensações, é imaginar o que acontecia com aquelas pessoas, minutos antes do fotógrafo aparecer com a câmera e bater o retrato. Será que aquela cara de felicidade é puro fingimento? O que será que a menina que encolhe a fotografia na foto pensava minutos antes da pose?
Talvez seja este outro motivo do qual me faz não gostar de ver fotografias. O fingimento das fotos posadas. Porque quem posa pra foto (eu poso pra foto) finge. Finge uma postura que não tem, finge um sorriso amarelo para esconder as imperfeições dos dentes, finge. E a foto captura o fingimento.
Então, quando eu vejo alguma foto, principalmente fotos de mercado de pulgas, eu procuro a verdade. O que é real por trás de tanta pose, tantos sorrisos. Eu procuro a verdade antes do fotógrafo aparecer. Mas eu nunca encontro, por isso ainda ando procurando...

Faz pouco mais de um mês que estou de volta a NY, e esta foi a primeira vez desde que voltei, que experimentei da sensação de estar livre. Digo estar e não ser, porque tenho plena consciência de que a lberdade não foi feita para pessoas como eu.

Eu estou longe de ser livre. O carinho às pessoas que eu amo, os objetivos que tenho na vida, e todos os meus desejos, pequenos ou grandes, não me fazem livres. E nunca me farão.

Fernando Pessoa já dizia, "queres pouco, terás tudo. Queres nada, serás livre". Infelizmente, ou felizmente, não sei, eu quero muito. Pelo menos por agora, então, me faço refém dos meus próprios desejos, das minha próprias vontades.

Porém, mesmo as pessoas que querem demais, que amam demais, que experimentam a vida exageradamente, até mesmo estas pessoas, sentem, mesmo que por alguns poucos instantes, o gosto da liberdade.
E ontem, desde que cheguei, foi o primeiro dia que experimentei este sentimento!
Momentâneo, mas extremamente importante!

Ontem fez 8C!! (Positivo!)

Pela primeira vez, eu saí sem três camadas de roupa, cachecóis, gorro e luvas. Eu me senti tão leve, tão livre, a ponto de concordar definitivamente com Pessoa. De fato, quanto menos se tem, mais livre se é! O que resta saber é até quando São Pedro irá colaborar comigo, para que eu possa seguir as sábias palavras de Pessoa, e me despir de alguns excessos de panos e pesos!